quarta-feira, 20 de julho de 2011

Beleza

É cada pensamento sujo,
Cada lágrima contada,
Cada respiração,
Que tenta se prender,
Até que se tocar o chão
E se desprender,
De cada sonho.
E cada sonho,
Cada pesadelo,
Cada fechar de olhos,
Que esperam se abrir com menos frequência,
Até se sentir a leve brisa
E ser soprado,
Contra tudo aquilo que ainda queima.
É cada falta de tudo,
Cada presença de frieza,
Marca de eterna beleza,
De um sorriso roubado,
De um amor pela morte
E de uma vontade incerta,
Só uma vontade,
Uma marca de um nada
E um desejo é lançado,
Já morto...
É a eterna beleza,
Do que nunca existiu
E morre a cada dia.


João Pedro de Oliveira Braga

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