domingo, 17 de julho de 2011

Olhos de Fogo

Tão silencioso quanto uma fria noite
Sincero e puro,
Simples para muitos,
Inquietante para mim.
Com raiva, se torna devastador
E por mais ódio que contenha
Sempre vai trazer-me a calma...
Uma impressão de estar no paraíso.
Com amor, se torna atraente
E por tanta atração conter
Será sempre minha perdição...
Por estar vindo de quem mais desejo.
Quanto mais tento me desviar,
Mais angústia sinto
E quando eu mais desejo sua presença,
Nunca está diante de mim.
Torturante com ou sem sua presença,
É uma maldade necessária...
E uma bondade complexa demais pra se entender.
São como céu e inferno no meu maior sonho
E que me traz os mais doce pesadelos,
Sempre repletos de ilusão.
É simplesmente teu olhar.
Intenso,
Fatal,
E mais do que um vício pra que eu possa me sentir vivo.
Doloroso, 
Suave...
Mesmo de olhos fechados...
Leva meu coração à desejar sua paz,
E trazem uma vontade inesplicável de sofrer,
Pois sei que sofro por algo por algo que fantasio,
Mas também sofro por quem me traz o que preciso.
Como se isso fosse um leve consolo...
Olhos de fogo...
Destroem minha fantasia
Tornando-as cinzas
E mantém em chama eterna o infinito desejo,
Amor e vontade de ter você.


João Pedro de Oliveira Braga

Um comentário:

  1. Um lirismo bem expressivo quanto ao sentimento e sensação, neste poema manifesta-se apaixonado ressaltando uma das grandes características dos poetas: serem delirantes, muito bom, parabéns pelo espaço e pelos versos,

    um cordial abraço amigo.

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