segunda-feira, 18 de julho de 2011

Heroína

As horas passaram,
Os sons gritaram,
A chuva caiu,
O frio me congelou,
Os ventos levaram minha alma,
O vácuo cortou minha respiração,
A pele foi ferida,
A mente entrou depressão,
E tudo se repete.
As horas não passam,
O silêncio me tortura,
O sol me queima,
O calor me faz suar
Não sinto a brisa,
O ar é pesado,
A pele não sente mais nada,
A mente entrou em fúria,
E tudo se repete.
A veia já perfurada,
A seringa nunca parece grande o suficiente,
A agulha enferrujada,
E as horas...
Apenas vão se repetir,
A alma, apenas vai se condenar,
O corpo vai cair,
E quando você desejar fugir de sua domadora,
Tudo vai se repetir.

João Pedro de Oliveira Braga

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