segunda-feira, 18 de julho de 2011

Confissão

Perdi a conta,
De quantos malditos dias passaram,
E ainda não acho aquela que sorri ao me ferrar.
Uma falsa,
Com falsas juras de amor,
Que só buscava prazer,
Em noites intermináveis ao meu lado.
E agora?
Ao meu lado só lençóis sujos,
Uma mesa cheia de cartas,
Cigarros,
E uma garrafa barata que me dá uma ilusão vadia.
O que tenho de consolo?
Só uma transa por dia,
Sem a mesma satisfação,
E sem o mínimo de sentimento,
Sem nem mesmo uma maldita rotina em ser sempre com a mesma pessoa.
E o que faço?
Apenas busco a culpa de tudo num copo,
Já sem gelo,
E ainda assim o uísque desce como água,
Sem gosto,
Nem mesmo me esquenta mais...
E escrevo essa futilidade,
Esperando que o ódio fique nas palavras,
E que a sensação,
As lágrimas...
Simplesmente sumam como ela sumiu.

João Pedro de Oliveira Braga

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